segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A morte do escritor Manuel António Pina


A Literatura Portuguesa está de luto
Morreu, na passada sexta-feira (19), na cidade do Porto, norte de Portugal, o jornalista e escritor Manuel António Pina, aos 69 anos. 
Vencedor da edição 2011 do Prémio Camões, Manuel António Pina, era jornalista, cronista, poeta, autor de peças de teatro e de literatura infanto-juvenil.
Da sua extensa obra literária, destacam-se os livros:
  • "O país das pessoas de pernas para o ar"
  •  "O têpluquê"
  •  "Gigões & anantes"
  • "História com reis, rainhas, bobos, bombeiros e galinhas"
  • "O tesouro"
  • "Nenhum sítio"
  • "Um sítio onde pousar a cabeça"
  • "Cuidados intensivos", "Nenhuma palavra, nenhuma lembrança"
  • "Os livros" 
  •  "Como se desenha uma casa" 

Na nossa biblioteca poderás encontrar algumas desta obras.




«Inventão, conta uma história,
Inventa uma aventura qualquer.
– A verdade é tão ilusória!
– Só em histórias se pode crer!
Conta a do Rei Ninguém, a da Rainha Nenhuma,
a do Capitão, a do Ladrão, qualquer uma!
.
Era uma vez um Rei…
(A do rei era bonita mas não a sei!)
Era uma vez uma Rainha…
(A da Rainha é tão pequenina!)
Era uma vez um Gigante…
(A do Gigante é tão grande!)
Era uma vez um Português & um Chinês…
(Não me façam contar a do Chinês outra vez!)
Era uma vez uma Cabra…
(A da Cabra nunca mais acaba!)
Era uma vez um Animal…
(A do Animal acaba tão mal!)
Que história contarei?
Tem que ser uma história que eu saiba,
Que não seja muito pequena mas que caiba,
Uma história simples (a da Fada é tão complicada!)
Que acabe bem
E se possível que comece bem também.
Tinha pensado na história do Cão…
Mas a história do Cão é tão! (…)» 

Manuel António Pina, ”Anão Anão & Assim Assim” in O Inventão (1987)

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